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O quarto distrito de Magé, Suruí

O distrito de Suruí foi criado por meio de um Alvará de 1755, que também criou o distrito de Guapimirim (hoje município emancipado no ano de 1990). O termo Suruí é de origem tupi-guarani e significa “rio do sururu”. Provavelmente deve fazer uma indicação de que no rio que leva o nome do distrito havia muitos sururus, uma espécie de molusco bivalve (inserido em duas conchas) e muito conhecido no Nordeste brasileiro.

O distrito respira a tranquilidade de uma cidade do interior. Além de Suruí, fazem parte deste o bairro Santa Dalila, entre outros. O destaque de Suruí fica por conta da Igreja dedicada a São Nicolau e a estação ferroviária do lugarejo.

A igreja se localiza nas proximidades dos trilhos do ramal Guapimirim, no alto de uma elevação à margem do Rio Suruí. O Porto de Suruí – não há muitos vestígios deste atualmente – foi um dos principais do recôncavo da Baía de Guanabara e servia como um dos principais meio de locomoção entre Magé e a Corte Imperial, na muy leal Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Atualmente, a edificação vem passando por reformas estruturais.

Nela estão os restos mortais de Bernardo Soares de Proença e o de sua mãe, Agda Gomes de Parada. Bernardo Proença criou uma opção ao Caminho Novo, aberto por Garcia Rodrigues Paes. Nele o viajante saía do Porto da Estrela e seguia o curso do Rio Inhomirim, evitando a acidentada subida por Xerém. Depois ele seguia pela Serra da Estrela (a “Serra Velha de Petrópolis”).

No ano de 1926, Suruí recebia os trilhos da Estrada de Ferro Leopoldina. Além da estação, o distrito recebeu uma usina para a britagem e classificação pedra para lastreamento de via. A estação até o mês retrasado apresentava um estado de abandono, típico do poder público estadual. Mas neste sábado, o RELATOS DE VIAGEM ETC observou que as estações de Suruí e Magé apresentavam uma uniformização conhecida dos usuários da Supervia.

Conversando com o funcionário da CENTRAL, ele relatou que a Supervia vai começar a operar o Ramal Guapimirim no dia 28 de maio (sábado). O mesmo funcionário também está em fase de planejamento a inclusão de mais locomotivas para operar mais horários e que os funcionários da Supervia passaram a trabalhar no local.

Esperamos que a presença da concessionária dê novos rumos não apenas a Suruí, mas a toda a extensão do ramal que já foi a terra de Teresa Cristina e que parou na terra da nascente pequena, Guapimirim.